30 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo, Adeus Ano Velho...




Pois é, Crianças... Estamos, mais uma vez - exceto que esta seja a última, se por ventura nenhum astro gigantesco cair sobre nossas cabeças na forma de um sinal da fúria do grandioso e perfeito Deus que vos protege - chegando ao fim de mais um ano. 2010 não foi ruim, é claro, se você não ver a Retrospectiva da Globo terá a total certeza disso. A propósito, nenhum ano é ruim, foi apenas a sua vida que se mostrou péssima. Ou a vida de outras pessoas. Na verdade, não culpem a natureza ou a os contos de fadas pelas coisas que acontecem, elas já estavam lá, predestinadas ou não, escritas no Diário Rosinha de Deus ou eclodindo a partir do acaso. Whatever. Não culpem a natureza por viver; não culpem os mares por um dia de tormenta ou um animal selvagem tentando proteger seus filhotes. E, talvez estejam se perguntando: Aonde essa imitação de moleque quer chegar? Pois bem, Crianças, vou dizer: Parem de choradeira e não culpem o calendário que seus ancestrais inventaram. Vocês estão aqui - todos nós, aliás -, nasceram e cresceram, e por essa razão sempre estiveram sujeitos aos acontecimentos que sempre ocorreram ao longo da história deste solo que pisamos, ao qual chamamos de Casa.
Não culpem nada. As coisas apenas acontecem, ou estão destinadas a acontecer. Livre-arbítrio é uma ilusão? Ok, acredito nisso, mas não vem ao caso. O quer que vocês acreditem, não culpem forças banais ou superiores. Só estávamos aqui, sempre sujeitos a isso. E, com essa perspectiva, digo que tudo o que nós deveríamos fazer é largar a ideia de que é preciso um novo ano ou uma nova data para fazermos as coisas diferentes. Nós vivemos, e temos o direito de domar nossas vidas com nossas próprias rédeas. Não importa o quão compridas sejam elas, apenas domem. Afinal, cada segundo que passa é um tempo que perdemos, cada instante que se segue é a oportunidade de nossas vidas de encontrar nosso verdadeiro amor, agarrar nossos sonhos ou afagar nossa real felicidade. Apenas vivam, e façam cada segundo valer a pena. E, com esse conselho, não esperem a meia-noite chegar.
Façam, mesmo do último segundo deste ano, ser o melhor de todos, e o antecessor do próximo segundo, que será melhor ainda.
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­ ­  ­  ­  ­  ­  ­  ­  ­  ­  ­  ­  ­  ­  ­  ­  ­  ­  ­  ­  ­  ­  ­  ­  ­   ­  ­  ­  ­  ­   ­  ­  ­  ­  ­ Feliz 2011, Crianças!

19 de dezembro de 2010

Oh... Sejam Bem-Vindos!


Welcome to the House of Wolves.


­ ­ ­ Sob a noite mal iluminada dos subúrbios moribundos e fétidos de tal cidade, há um lugar onde somente os mais energúmenos costumam se arriscar - esperamos, é claro, que não se sinta ofendido por tal comentário. A Lua sombria dos apaixonados desiludidos em pouco contribue para a luz de tal lugar; as ruas que por ali existem feito veias doentias, não demonstram sinais de vida - e os poucos que ainda vivem ali, não mais vivem figurativamente. É possível que os ratos e moscas remanescentes do dia úmido lhe façam companhia, embora mesmo eles não gostem de permanecer naquele lugar por muito tempo quando o véu negro encobre o astro rei. Às seis horas, a vida some e a solidão de um moribundo assume o ambiente. Às oito horas, as portas se abrem.
­ ­ ­ É aqui, caro leitor, que sorrimos com nossos dentes sujos e cariáticos para a sua presença. E é exatamente aqui, caro leitor, onde esperamos que você fique, e usufrua de uma bela e inesquecível noite com nossos ilustres fregueses. Ei, Satã. Ei, Sr. Macário, como estão? Dêem boas-vindas ao nosso início, dêem boas-vindas às nossas badaladas. O Tic-Tac me faz coçar a garganta, e uma dose de amor e morte não fará mal a ninguém. ­ ­ ­
­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ Tenham uma boa noite