Eu tenho um bloqueio criativo. Maior
do que eu esperava. Um bloqueio extremamente canalha que cresce ainda mais
quando recebo críticas que não são produtivas. Não é uma reclamação. Jamais. É
na verdade um agradecimento. Elas são as mais construtivas ainda que machuquem.
Só não aceito infundadas ou propositais. Porra! Desnecessário jogar na cara de
uma pessoa aquilo que você não gosta. Existem formas sutis de falar tudo. A
agressividade deve ser a última alternativa de qualquer pessoa. Ferir
intencionalmente o psicológico de uma pessoa é umas das capacidades mais deploráveis
do ser humano. Hipocrisias à parte, eu faço isso em momentos de explosão, mas
nunca lúcido. Entretanto, eu acho que é, sim, uma coisa boa. Afinal, mostra
como as pessoas realmente são. Nessa explosão de fúria é que as pessoas falam
tudo aquilo que, por causa de uma sociedade extremamente reguladora, omitem.
Opiniões, verdades, inverdades, achismos.
Então vamos passar a falar as coisas na cara das pessoas. Parar de
formular uma utopia cheia de respeito, onde você fala com alguém sem querer só
por que é educação. Xingue regularmente. Segundo meus amigos, dos quais
geralmente não posso discordar, “caralho” é minha vírgula. Sim, é uma das
minhas palavras preferidas. Não seja uma caixa d’água, acumulando até
transbordar. Fale. Expresse-se, sem dar a mínima pro que os outros vão dizer.
Seja você mesmo e deixe o resto pra sociedade digerir. Você vai ser chamado de
revolucionário. Vão lhe encaixar em algum estereótipo sem nexo. Perfeito,
maravilhoso. Isso não significa que tens que baixar a cabeça e aceitar. É só
mais um motivo pra quebrar padrões e não se deixar dominar por esse conformismo
tão ordinário entre a nossa sociedade. “Penso, logo resisto”. E seja feliz
assim, não sendo aquilo que esperam, mas sendo o melhor daquilo que você possa
e queira ser. Be yourself... let it be...live and let it die.
(T.S.
Banha)
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