Nunca um nós, sempre um ela. Uma tendência vívida, o álcool
dessa veia, como em viciados afogados pelas esperanças. Nunca há um “nós”,
sempre um “ela, ela” sempre ela. É o que dá a graça à vida, essa ingênua e
latente submissão que massacra, afoga uma espécie de autopreservação que nunca foi para ser. Não é culpa de ninguém,
não foi uma atitude mal intencionada, não foi dela. É perfeito do jeito que há, sob todas as distorções que faz
dessa perfeição ligeiramente imperfeita. Um caos na paz, uma pacificidade no
turbilhão. Porque o tempero visto por muitos sem sal, é justamente o segredo
para a comida tão saborosa. Para uma vida
tão leviana. É o que faz valer a pena, em tudo: sempre o ela, nunca o “nós”,
porque é ela a parte boa da história. É ela a parte boa de tudo.
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