Quanto vale o esforço? Enquanto eu
estou escrevendo durante a pausa do meu trabalho que tomou todo meu dia, tem
gente em casa, aproveitando tudo de bom que foi dado pelo papai, pra compensar
a sua ausência. Sei que existem aqueles que não gostam desse tipo de
tratamento, conheço pessoas assim, mas são exceção. Ainda não consegui a minha
independência financeira, mas batalho pra isso. Agradeço a Deus, Jah, Alá,
força inexistente pros ateus, ou qualquer coisa que esteja acima da minha vã
compreensão deísta. Não pelo que consigo, mas pela dificuldade que me levou até
o objetivo. O importante é o caminho que eu trilho. Quanto mais tortuoso,
melhor os frutos. Que fique bem claro que isso não é uma crítica, mas se foi
entendido assim é porque você se identifica. Isso foi um desabafo, necessário
para que eu alivie um pouco esse peso e possa voltar a trilhar normalmente meu
caminho. Um objetivo? Fácil. Ter dinheiro suficiente pra mostrar pro meu filho
que quando queremos, conseguimos. Presentes, sim. Mas sempre levando grandes
palavras da minha não tão velha mãe: na casa do bom homem, quem não trabalha
não come. Não ao pé da letra, evidentemente. Só não quero ter que subornar uma
família porque o idiota do meu filho mimado bateu no pai com uma sua Mercedes a
quase 200km/h. Quero tudo, menos deixar todo meu legado pra um moleque cretino.
Quero que honre o nome que ele carrega. Quero que, assim como eu, não goste de
ser chamado de “filho do Banha”. Quando esse dia chegar, terei certeza de que
pelo menos uma pessoa está no caminho certo.
(T.S.
Banha)
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