31 de julho de 2012

Pernas alvas



De novo esteve aqui, dessa vez, no entanto, mais intensa. Embora não pudesse alcançar com o toque da mão, apenas com o afagar dos olhos. Estava lá, com pernas longas e alvas, esbeltas para me queimar de desejo. Um sentimento puro, um desejo de te tocar devagar, sem infringir a carne, apenas contemplativo. Para toda uma eternidade, pois eu ainda de ti conservo uma visão de respeito e admiração. Tão linda diante de mim, poderosa e – quase – inalcançável, porque hoje sobre isso eu nem mais sei, não sei mais. Aí orbita um universo misterioso, por trás desse sorriso brilhante e olhar perdido. Intenções estranhas que só você entende, no fundo de um possível turbilhão... É, talvez nem exista um, e isso é só coisa da minha cabeça. Mas da minha cabeça você estava lá, eu te via e você me arrancou uma felicidade súbita. É assim que de ti eu lembro: Pernas alvas, esguias, magras e aterradoramente magníficas. Lindas e belas.

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