As flores da
pele
Brotam em terras
Longínquas de toque:
O tato fraqueja,
O cheiro não chega
Em olhos cansados.
Brotam em terras
Longínquas de toque:
O tato fraqueja,
O cheiro não chega
Em olhos cansados.
As
flores da pele
Florescem a dois
Palmos distantes:
Ontem vermelhos,
Em instantes tão tenros,
Já hoje de preto.
Florescem a dois
Palmos distantes:
Ontem vermelhos,
Em instantes tão tenros,
Já hoje de preto.
As
flores da pele
Vestem névoa tod'alva
Entornada por cataratas
Correntes, tão mansas:
Lisuras de queda
Onde em sonhos descansa.
Vestem névoa tod'alva
Entornada por cataratas
Correntes, tão mansas:
Lisuras de queda
Onde em sonhos descansa.
As
flores da pele
Sob secreto segredo
De Baudelaire não
Sabido, de pobres
Lábios desconhecidos:
Distantes, distantes.
Sob secreto segredo
De Baudelaire não
Sabido, de pobres
Lábios desconhecidos:
Distantes, distantes.
(Felipe Santiago)
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