12 de julho de 2011

O que você é?


Aqui se segue uma declaração, cabe à sua pessoa ler ou não.

Me disseram uma vez que o modo como eu te tratado é espantoso. É claro que eu nunca te falei sobre isso, porque iria soar paranóico e bobo, mas é a verdade. Aquela pessoa da qual ouviu minhas palavras e descrições sobre você, me disse que eu deveria parar por um tempo e que você era apenas uma pessoa, e não uma entidade celestial cuja qual merecia toda a minha devoção. Eu me calei, é claro, mas não segui esse conselho mesquinho. Nem se quisesse eu não seria capaz de tal feito. Eu continuei te glorificando – e estou até hoje.
Um anjo, uma deusa, uma entidade pura e gloriosa. Quer saber? Pouco me importa o modo como te definam. Vadia, orgulhosa, fria, linda, caridosa, delicada, áspera, profunda, indecifrável, impenetrável, transparente, bondosa, asqueirosa, vingativa, maldosa, cruel. Isso não importa, pelo menos não a mim. Não importa o que o mundo acha de você, ou o quanto populações te julgarão; as pessoas podem te chutar a reputação, ou elevar seu caráter; o mais fodão dos garotos pode te cantar a noite inteira te chamando de gostosa. E no fim, sabe o que direi? Não importa. Porque eu sei o que você é para mim, sei o tamanho do seu coração e o quão brilhante é a sua pessoa. E mesmo assim, eu irei defendê-la com unhas e dentes, não vou deixar que ninguém te xingue, e vou lutar contra todos aqueles que te desejarem a queda. Eu posso até viver por você, negaria minha própria vida ou minha própria felicidade.
Mas não importa. Não importa o que digam de você por um simples motivo: para mim, você se eleva a quaisquer descrições humanas; mesmos os anjos se ajoelhariam e teriam os olhos encantados ao contemplá-la. Isso porque ele estariam enxergando o que eu enxerguei, e ao contrário das outras pessoas, eles não analisariam sua aparência ou suas atitudes, mas olhariam fundo, bem fundo, na direção daquilo que me tocou na primeira vez que conversamos: seu coração. Sua essência.
Eu nunca acreditei em Deus, no entanto, veja que irônico: fostes a única pessoa a me fazer rezar antes de dormir; a única garota capaz de crer que o Senhor é um cara bondoso e está lá em cima zelando por todos nós. Você me fez acreditar em Deus, porque és como a forma mais pura de milagre que surgiu na minha inútil vida.
Mesmo com todos os defeitos – e eles poderão apresentar-se inescrupulosos – eu ainda a venero com toda a convicção, porque o que faz de você especial para mim não são os 83% de pureza, e sim cada pedaço de corpo e alma que tem compoem. Eu amo cada defeito, cada olhar desprezível e cada atitude fria; eu amo cada uma das palavras que tanto me fizeram chorar e desejar a morte; eu amo o jeito infantil do qual me trata – e não ligo se também o faz com outros rapazes ao mesmo tempo – o modo modesto ao dizer-me que não és tudo o que digo ser.
Eu amo seus olhos, e a tonalidade que eles assumem. Amo seu sorriso singelo, amo a gargalhada que nunca de fato escutei; amo a sua voz e o tom aveludado que me afaga os ouvidos; amo seus cabelos longos e os imagino esvoaçando na brisa da noite; amo cada traço de sua pele, imaginando o cheiro que ela tem; amo o jeito de vestir e o modo de caminhar, como segura o lápis e como rabisca apenas uma linha na folha.
E mais que tudo, eu amo as lágrimas que agora caem do meus olhos. Aprecio cada minuto que minha garganta aperta me fazendo sentir o mais idiota dos garotos, o mais bicha e o mais desprezível que existiu. Me delicio com o amarga sensação de saber que um dia fui mais forte e menos sensível, na época em que este sentimento era apenas uma ilusão – e eu não o chamo de amor, porque eu não mais sei o que é realmente, apenas sei como é e o quão intenso me tem sido.
Estou amando este exato momento, onde reparo o quanto amo tudo em você e ao mesmo tempo entro em contradição ao dizer que não é amor. Aliás, o que um garoto inexperiente de 17 como eu, Felipe Santiago Ribeiro Nunes, entende de amor e da vida? Eu não sou filósofo, nem porcaria alguma. Mas sei o que sinto, e arrisco dizer que talvez seja amor, porque julgo este sentimento grande demais para receber tal denominação.
Ah, querem saber de uma coisa? Que se foda tudo, eu não sei se é amor. Estou dizendo que é, mas pode muito bem não ser. Nesse exato momento, no entanto, quando digo que não é amor, meu peito comprime e eu lembro você; lembro a distância e, principalmente, o quanto você me faz sentir o melhor dos caras mesmo a essa distância massacrante. Recordo o dia em que nos conhecemos, e sob quais circunstâncias. E o que mais me espanta é saber - que mesmo distantes a milhares de quilômetros e próximos apenas pelo computador ou pela chamada do celular e suas mensagens – o quanto todo esse tempo não apagou ou minimizou meus sentimentos. Ele tem crescido a cada dia. Elevou-se nos momentos em que eu sorri contigo, e pareceu tomar hormônios mutantes de crescimento quando eu pensei em desistir e te esquecer. Foi querendo não te amar que eu te amei ainda mais; foi te ignorando que eu cai em lágrimas e me dei conta que isso doía mais que qualquer outra coisa.
E sabe? Aqui, nesse final, eu realmente espero que você não leia esse texto. As razãos são essas: não quero parecer um idiota com atitudes de menina de treze anos apaixonada por um cara de trinta; não quero te imaginar rindo ironicamente – ou não – dessa maldita e melosa confissão; não quero que mostre às amigas o quão panaca eu sou, e que caçoem ao me verem dizer quantas vezes já chorei. É, bastardos são aqueles que ousam dizer que homens não choram. Mas há um motivo bem mais especial para o meu desejo de que não leias... Eu realmente prezo por sua felicidade, sabe? De verdade. Meu coração pode doer, e eu posso continuar sofrendo por meses – como tem sido até hoje – pelas coisas que aconteceram, porque tudo isso não vai importar se eu souber que seu coração bate por ele ou vice-versa. Você estará feliz, certo? E é a única coisa que vale a pena pensar sobre você. Não estou desistindo – eu nunca o fiz, a prova disso é o quanto você esteve viva em mim depois de todo esse tempo, e o quanto eu realmente não prossegui com a ideia de sumir da sua vida. Eu jamais faria isso.
Cada fibra do meu corpo te deseja e ocupa 98% do dia pensando no que você está fazendo, o quê está comendo ou com quem está conversando; a roupa que escolheu ou o par de brincos que preferiu. Tudo o que penso é você, e talvez esta seja a grande razão para a minha vida ter dado uma incrível e grandiosa parada de uns tempos pra cá. Parei de pensar no meu futuro acadêmico, porque o IDIOTA aqui chegou simplesmente a sonhar em ter um futuro para estar somente ao seu lado e te proporcionar uma vida linda. Eu abri mão dos meus objetivos quando tudo desmoronou, porque meus objetivos tornaram-se apenas um: você.
Eu sou um grande e medíocre idiota por tudo isso, eu sei. Não é a atitude sensata a se tomar. Mas eu não tive escolhe, nunca tive. Essas coisas apenas acontecem, e algumas pessoas conseguem superar, já outras, não. Eu sou o segundo tipo, muito prazer.
Depois de todos esses meses, e após quase um ano, quero que saiba que os momentos em que eu disse aquelas três palavras, não estava brincando ou te enganando. Por tempos – e continua assim – não houve outra pessoa a povoar meus pensamentos, nenhuma outra me inspirou a escrever tantos textos e páginas de poemas que jamais revelei – nem mesmo a você.
Se algum dia eu toquei seu coração, quero que confie demasiadamente apenas dessa vez: tudo o que eu disse foi verdade. Eu não menti. Eu não hesitei. Foi e continua sendo tudo real.
E caso ainda tenha dúvidas se este texto realmente é destinado a você, então venha me perguntar diretamente. Responderei apenas um único sim para uma única pessoa, e esta pessoa é você.


Talvez eu esteja ficando louco, quem sabe?
Felipe Santiago.


3 comentários:

  1. "Henry Miller disse que a melhor maneira de esquecer uma mulher é transforma-lá em literatura."

    Você vai entender..

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  2. nossa, muito bom aqui! seguindo!
    ameei os textos, vou visitar sempre! (:
    dá uma passadinha no meu: http://educacaonaosentimental.blogspot.com/

    Vlw.

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