16 de agosto de 2013

Conrado, meu amigo



Mudou, e lá vamos nós de novo, mergulhando nesse infinito buraco de espirais conflituosas. Meu ânimo é jogado lá embaixo – ânimo esse que nunca foi lá essas coisas. Talvez a depressão esteja entranhada nos meus genes, talvez, creio eu, tenha se tornado um estado patológico cujo qual nunca quis admitir. Aí está. Depressão da revolta, não da tristeza, se é que isso existe. Aqui estou afundando de novo, aqui estou eu vendo meus planos se esfarelarem por causa de uma errônea decisão que tomei há exatos dois anos. Não. Talvez tenham sido três ou mais. A merda inteira está no fato de que quando coloco algo na cabeça, tenho de cumprir. E cumpro, mesmo com toda a falta de perseverança, pasmem vocês. O problema é que uma única decisão errada vem tendo suas consequências até hoje. Um bastardo talvez tenha contribuído para isso também, mas bastardos não têm culpa por serem bastardos e ele até pode receber o meu amor - talvez. Mas estou divagando. O fato é este: minha vida é uma eterna propagação de merdas. E cá está a minha, uma situação que não pode ser reparada vindo para foder com toda uma meta que consegui arrumar neste ano. Pode ser a simples troca de um turno, mas vai arruinar tudo – assim como a insatisfação com um único curso me fez criar um clima ruim e intolerante a respeito de toda uma Universidade Federal inteira. Jurei que não falaria mais disso, porque, até então, as metas e os planos estavam perfeitamente direcionados e montados. Mas a vida é imprevisivelmente sacana, certo? Então vem um pequeno detalhe e caga uma diarreia gigantesca em mim. Tentei, no último um ano e meio, retirar todo o aprendizado de escolhas erradas, e consegui. Como sempre, por mais reclamão que eu seja, deixo as merdas que ocorreram de lado e filtro somente a experiência que aquilo me trará e de que forma me fará amadurecer. Mas estou levando tapinhas demais desse destino, dessa vida ou desse acaso. Cansa. Não vejo mais sentido, por que isso acontece comigo, caralho? Devo ter sido um nazista pedófilo na vida passada – realmente creio nisso, então é o karma ruim acumulado nessa nova forma de vida que vos fala. É trágico. É deprimente como dou tanta importância aos detalhes, pois são eles que fazem a diferença, e neles que me preocupo. A troca de um turno foi um detalhe, mas para mim... Para mim parece mais, por isso muda tudo.
Bem-vindo a uma nova merda, seu fodido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário