Faço isso pela paixão, não pelo
sucesso. Faço isso pela paz, não pelo público. Faço isso pela calmaria de uma pós-tempestade
que me é o interno da cabeça, dos pensamentos e do peito mastigado. Faço isso
pelo simples dom do hobbie, se é que dom e hobbie podem se unir. Se sim, aqui
estamos, juntos, entrelaçados como num promíscuo sexo entre vira-latas. A princípio
poderia eu ter enveredado por caminhos distintos, mas o senso da razão para agir
perante a emoção sempre falou mais. Aliás, poucos foram os textos em que
dediquei minha razão. Nunca o fiz para ganhar garotas, nunca o fiz para
conquistar vaginas e estampá-las aos amigos como troféus. Porque isso não se
faz, não um homem de verdade, tendo ele 10, 19 ou 80 anos. Fiz pelo gosto da
escrita, sem profundamente almejar públicos ou fãs. Eu poderia ter tudo isso,
caso quisesse. Poderia ter a maioria das mulheres, caso minha alto-estima fosse
como a de uma pessoa comum. Mas, outra vez, não o fiz. Não sou otimista, não
amo a mim mesmo para me sentir confiante. Mil delas não me satisfazem como
apenas uma – ela – me satisfaz, então
para quê esse falso determinismo de somente tecer palavras para conquista corações
alheios e inocentes? Não. Eu nunca fiz por segundas intenções. Fiz pelo hobbie,
sempre por ele. É aí que sempre residiu o problema: falta de ambição, pouca ganância
e poucos resultados. Mas não se pode ter tudo, pequeno gafanhoto.
É a conquista ou a paz – e estou verdadeira
e inocentemente bem com o segundo, obrigado.
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