Eu preciso de férias. logo. Longe de certos ares que me faziam
bem. Longe de coisas que me entediam e que, automaticamente, transformam-me num
monstro. Mas não sou um, pelo menos não para mim. Para vocês, por outro lado,
totalmente. Não que atualmente me importe, porque minha cota expirou e é hora
de partir. Férias definitivas. Preciso estar longe e livre, quase que em uma
atividade de meditação mental longínqua, liberdade que trás solidão, porém é
provida de paz. A consciência não pesa, nada pesa. A solidão volta a ser amiga,
companheira inseparável dos textos decadentes e da amargura diária. É uma
espécie de paz que está pacífica por completo, ao contrário da paz que todos
procuram – volta e meia eu também... Volta
e meia. Eu preciso de férias, já, logo. E não acho que consiga me importar
como antes me importava. Já disse: vocês me julgariam por monstro, eu julgo
isso por amor próprio. Tempo demais dediquei a vida a outros, então recaio no
momento que preciso do meu viver de volta, em que preciso colocar-me, na
maioria das situações, em primeiro plano. Afinal, é como a construção de um bom
personagem: ele não é de todo vilão, porque
não existe bem ou mal. Ele tem suas próprias motivações e crenças, e quando
acredita nelas, lutará por seus objetivos até o fim. Não trata-se de maldade ou
monstruosidade, trata-se, simplesmente, de motivações e metas. Eis as minhas –
preciso de férias.
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