4 de abril de 2014

Prosa sobre tomar no cu



E minha quota de paciência se esvai. Gente empolgada, gente convencida, gente fingindo inteligência, gente superestimando erroneamente a sabedoria que pouco tem, gente empolgada de novo e gente achando que muito sabe mesmo não sabendo porra nenhuma. E eu devo aguentar. Devo me segurar. Devo controlar esse supremo e incômodo nível de stress que só vai me fazer mal, destruir minha sanidade, paciência e reputação. E por pura garantia, oficialmente, que todos vocês – apenas os merecedores desta impaciência – tomem no cu, obrigado. Desejo proferido e verbalmente consumado. Que tomem no cu vocês e todas suas ceninhas de ciúmes, suas exigências, suas ordens e suas chateações quando não posso fazer o que querem, quando querem, porque querem tudo na hora, porra! Caralho, isso estressa. Eu não vivo em função de ninguém, porque a vida é assim e de vez em quando vocês precisam aceitar: ninguém vive em função de ninguém. Então, formalmente, tomem no cu, exceto aqueles que gostam de tomar, porque aí a história é outra. Para vocês, eu desejo... Érr, eu desejo... Eu sei lá, continuem tomando no cu, sem KY, sem saliva, sem vaselina, sem porra nenhuma. Vão para o Tártaro, Inferno, Sheol ou a uma igreja protestante com pseudo-exorcismos e gritarias exageradas, vão para o lugar que for, mas pelo amor de Deus, apenas vão. Sou pequeno demais para aguentar tantas frescuras, mimimis e o caralho a quatro. Desculpem-me pela suave falta de poesia nessa prosa, isso fica para a próxima, porque, dessa vez, é o cu que valerá a atenção. Portanto, cuidem bem dele e façam-me o favor de abri-lo por aí, nas esquinas, nos botecos, na Doca de Souza Franco, em frente a hospitais ou nos confessionários de seus templos, seja onde for, seja como for, apenas o façam.
Sejam felizes. E me deixem em paz.



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