E minha quota de paciência se esvai. Gente
empolgada, gente convencida, gente fingindo inteligência, gente superestimando
erroneamente a sabedoria que pouco tem, gente empolgada de novo e gente achando
que muito sabe mesmo não sabendo porra nenhuma. E eu devo aguentar. Devo me
segurar. Devo controlar esse supremo e incômodo nível de stress que só vai me
fazer mal, destruir minha sanidade, paciência e reputação. E por pura garantia,
oficialmente, que todos vocês – apenas os merecedores desta impaciência – tomem
no cu, obrigado. Desejo proferido e
verbalmente consumado. Que tomem no cu vocês e todas suas ceninhas de ciúmes,
suas exigências, suas ordens e suas chateações quando não posso fazer o que
querem, quando querem, porque querem tudo
na hora, porra! Caralho, isso
estressa. Eu não vivo em função de ninguém, porque a vida é assim e de vez em
quando vocês precisam aceitar: ninguém vive em função de ninguém. Então,
formalmente, tomem no cu, exceto aqueles que gostam de tomar, porque aí a história
é outra. Para vocês, eu desejo... Érr, eu
desejo... Eu sei lá, continuem tomando no cu, sem KY, sem saliva, sem vaselina,
sem porra nenhuma. Vão para o Tártaro, Inferno, Sheol ou a uma igreja
protestante com pseudo-exorcismos e gritarias exageradas, vão para o lugar que
for, mas pelo amor de Deus, apenas vão. Sou
pequeno demais para aguentar tantas frescuras, mimimis e o caralho a quatro. Desculpem-me
pela suave falta de poesia nessa prosa, isso fica para a próxima, porque, dessa
vez, é o cu que valerá a atenção. Portanto, cuidem bem dele e façam-me o favor
de abri-lo por aí, nas esquinas, nos botecos, na Doca de Souza Franco, em
frente a hospitais ou nos confessionários de seus templos, seja onde for, seja
como for, apenas o façam.
Sejam felizes. E me deixem em paz.
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