Mais uma vez o mundo me incomoda com
seus falsos sorrisos, protocolos sociais e uma tentativa sempre enfadonha de
inclinar-se à esperança e ao “final feliz”. O mundo é lindo, o mundo é belo,
mas o que me emputece mesmo é essa presença passageira, regrada por noites de
tédio e tentativas mesquinhas de agradar aquilo que não quer ser agradado. Nem
conquistado. Muito menos amado. Onde
exatamente eles não entendem? Onde exatamente existe a paciência que me escapa
enquanto vivem suas empolgações fúteis e risadas tolas? Onde vive a paz quando
o som de seus vozes ecoa nos meus ouvidos, sempre num vai e vem caótico repleto
de inocência e aplicações forçadas de seus malditos esforços, hum? Isso cansa.
Pelo menos, é claro, neste vão espaço entregue semanalmente à misantropia que,
no fundo, eu verdadeiramente odeio. O mundo é ordinário, sujo e imundo, mas as
pessoas são bonitas, algumas delas embelezam esse lamaçal com habilidades fantásticas
e encantadoras - eis a verdade, mas a misantropia vem e estraga tudo, distorce
minha visão de mundo e assassina a facadas minha já frágil paciência. E aí eu
não quero atenção, eu não quero carinho, eu não quero afeto, porra, eu não
quero amores, eu não quero ser amado. É
tão difícil assim entender?
Tudo o que quero é ser esquecido,
abandonado e pilhado feito um lixo judeu em época de holocausto – ou só durante
as férias mesmo.
Vai funcionar.
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