Caem as chuvas de inverno, caem as estrelas, caem as agonias. Ressecam os mares, os rios, as vontades. Varrendo as imensidões dos vales, transcendem os arbustos da escória, a decadência da vida, o amor e a derrota. Por míseros pastos de vergonha, as palavras sinceras caem por terra, a lealdade ressaca na juventude e a velhice acolhe nossas glórias. Me pergunto, me questiono: onde há o espaço adequado para estas dores? Porque há de existir, porque há de aplacar? As respostas, talvez nunca venhamos a descobrir – não enquanto formos homens e mulheres vulneráveis ao furacão da paixão. Por ora, ah, eu espero, fiquemos aqui apreciando as sórdidas jornadas de nossos corações. Cansados, felizes, iludidos e esperançosos, sofrem com o fardo da vida e se desprendem da humanidade. E as migalhas? São tudo o que de nós resta agora.
15 de setembro de 2011
Migalhas
Caem as chuvas de inverno, caem as estrelas, caem as agonias. Ressecam os mares, os rios, as vontades. Varrendo as imensidões dos vales, transcendem os arbustos da escória, a decadência da vida, o amor e a derrota. Por míseros pastos de vergonha, as palavras sinceras caem por terra, a lealdade ressaca na juventude e a velhice acolhe nossas glórias. Me pergunto, me questiono: onde há o espaço adequado para estas dores? Porque há de existir, porque há de aplacar? As respostas, talvez nunca venhamos a descobrir – não enquanto formos homens e mulheres vulneráveis ao furacão da paixão. Por ora, ah, eu espero, fiquemos aqui apreciando as sórdidas jornadas de nossos corações. Cansados, felizes, iludidos e esperançosos, sofrem com o fardo da vida e se desprendem da humanidade. E as migalhas? São tudo o que de nós resta agora.
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