17 de setembro de 2011

Objeto



És usado. Um pequeno vaga-lume diante de um refletor. És atraído e traído. Uma mísera vida diante do esplendor. És amado e fatigado. Um ambíguo amante diante do amor. És amarrado, dilacerado, pisado e corroído, extremamente péssimo tu és comprimido. Um pobre substituto diante do amigo, a leviana pétala diante do capricho. No fim, descartado. És a última cartada, a única sobra sem lhes dar escolha. És tragado para fins alheios, diante do último suspiro. És traído. És usado. Eis meu castigo.

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