Há duas escolhas: posso seguir em
frente ou simplesmente parar. As duas me soam tentadoras, mas a primeira é
sempre um estilo de vida. Há quem diga que meu mistério nem mistério é, a não
ser o gosto pelo sofrimento e pela dor; há quem diga que tornou-se meu ideal,
meu motor básico para tal combustão diária. E sendo estas palavras
essencialmente metalinguísticas, ponho-me a pensar: “o que será dos 16, quando já imagino os 45?”. O que será de um futuro
próximo, quando já vivo o futuro distante? E faço um milhão de perguntas ao meu
senso mais racional, aquele que mora em um lugar profundo e distante desse meu
“eu” babaca que vos interage diariamente. É
hora de parar? Vale tanto a pena? Pergunto-me isso há tanto tempo sem nunca
ter chegado a uma resposta, que agora sei que quem deve construir a solução sou
eu. Mas, ora, é apenas uma vida literária e fictícia, que mal há de fazer à
minha reputação? Trata-se apenas de um alter
ego inegavelmente destruído. Igualmente
destruído. Mas será essa destruição verdadeira? Será a exposição
necessária? Eu deveria parar e assumir novas perspectivas? Há tempos ando me
questionando, e presumo que por tempos assim continuarei. É como dizem: os
questionamentos movem o mundo.
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