5 de setembro de 2013

Ficticium



Há duas escolhas: posso seguir em frente ou simplesmente parar. As duas me soam tentadoras, mas a primeira é sempre um estilo de vida. Há quem diga que meu mistério nem mistério é, a não ser o gosto pelo sofrimento e pela dor; há quem diga que tornou-se meu ideal, meu motor básico para tal combustão diária. E sendo estas palavras essencialmente metalinguísticas, ponho-me a pensar: “o que será dos 16, quando já imagino os 45?”. O que será de um futuro próximo, quando já vivo o futuro distante? E faço um milhão de perguntas ao meu senso mais racional, aquele que mora em um lugar profundo e distante desse meu “eu” babaca que vos interage diariamente. É hora de parar? Vale tanto a pena? Pergunto-me isso há tanto tempo sem nunca ter chegado a uma resposta, que agora sei que quem deve construir a solução sou eu. Mas, ora, é apenas uma vida literária e fictícia, que mal há de fazer à minha reputação? Trata-se apenas de um alter ego inegavelmente destruído. Igualmente destruído. Mas será essa destruição verdadeira? Será a exposição necessária? Eu deveria parar e assumir novas perspectivas? Há tempos ando me questionando, e presumo que por tempos assim continuarei. É como dizem: os questionamentos movem o mundo.

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