8 de dezembro de 2013

A força de uma mulher




Expliquem-me algo, expliquem-me isto: por que elas são tão sólidas, indobráveis feito ferro, e nós tão fracos, quebradiços e submissos? Homens começam a fazer e dizer besteiras, se afogam, pouco se importam com a vida, largam de mão e desabam, agarram a desgraça com todas as forças. Mulheres? Mulheres sofrem, não disse aqui que elas também não choram, não falei que são criaturas frias e calculistas, não. Falo aqui da capacidade inerente de terem forças, serem mil vezes mais capazes de abrir um sorriso em meio à dor e dizerem: "posso vencer", e de fato vencem. Mulheres são tão admiráveis, que entre a arte de esconderem mil segredos, o mais bem guardado são as lágrimas – falo de mulheres, me refiro a mulheres de verdade, tenham elas doze, vinte ou setenta anos. Aliás, nem todas as mulheres são mulheres, como nem todas as meninas são meninas. Há uma mulher forte dentro de poucas adolescentes, adultas e idosas, mas há sempre, sempre, um menino fraco, chorão e sensível dentro de qualquer homem. Não há distinções para nós, porque é um sentimento geral, afirmo aqui algo que nunca presenciei em meu pouco tempo de vida: nunca vi um homem à prova de mulher, nunca vi um homem forte perante a dor da distância ou do término, nunca vi um homem agir racionalmente diante da dor. Isso sempre fará de nós meros meninos bobos e infantis, todos serviçais dos encantos femininos. Nunca teremos a força para esquecê-las, nunca teremos a força que elas possuem, pois mulheres superam, mulheres sempre sobem mais um degrau, afastam o passado – nós; eu, você ou ele... – de seus corações e são capazes de ressurgir para uma nova vida. E quanto nós? E quanto a mim? E quanto a você, caro amigo? Queria eu compreender a magnificência do sexo oposto, queria eu possuir um terço dessa força que elas possuem, para no mínimo aliviar a dor no peito e tentar querer ter uma nova vida, porque nem isso nós tentamos. Estamos sempre presos e acorrentados, com medo não de uma nova ferida, mas com medo de esquecer, com medo de sermos infiéis entre todas as nossas falhas e infidelidades mais vis e superficiais. Exalto as mulheres, exalto aquelas que conseguem ter essa força ou que lutam por ela, que superam um amor e conseguem viver outro de maneira mais forte, vívida ou boba, mas o fazem com maestria e perfeição. A força de uma mulher é incomparável, imensurável e inesgotável. A força de um homem? A minha força? Somos apenas pobres beberrões que choramingam a falta de uma única mulher e fazem disso a ladeira para todas as merdas futuras e atitudes de mal caráter.
Não, não justifico nossos erros, explico apenas nossa instintiva e genética fraqueza. Porque explicar os erros é assunto para outra hora. Ah, sim, isso é conteúdo para outro texto...

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