29 de dezembro de 2013

Eu sou infantil



Mais uma afirmação vinda de mim... Opa, melhor dizendo, de vocês: eu sou muito infantil. Sim, eu sou. Devo ser, não é? Sobretudo por escrever em um blog e falar sobre idiotices que alguns de vocês, senhores e senhoras superiores, julgam coisa de menininha - sim, não discordo, inclusive partilho da mesma visão, pena o mundo continuar confundindo mera visão poética e dramatização para a construção literária com ingenuidade. Não que eu me incomode tanto quanto antes, mas ainda assim continua sendo um demasiado aperto nas bolas. Sério. O que raios vocês têm na cabeça? Decerto meio mundo acha que sou desses bobinhos que só por dizer “estou apaixonado” realmente está apaixonado, mas ao menos poderiam se dar ao luxo de notar a brincadeira proposital usada pela ironia; decerto meio mundo acha, também, que escrever belos textos sobre garotas aleatórias signifique que me jogo de cabeça em qualquer mínimo flerte feito comigo – e que sou infantil, que fantasiarei uma bela e longa história de amor numa simples ocasião de troca de saliva ou fluídos corporais. Sim, é, é isso. Só porque me dou ao trabalho de construir boas frases e tenho um pouco de tato para tal, não significa que eu seja uma menininha de doze anos desenhando corações em volta do nome do amado ou da amada – visto que até a classificação do sentimento está sendo feita de forma errada. Sim, devo ser infantil e ingênuo – e o sou, já que a verdade absoluta está com e em cada coisa por vocês dita. E isso me irrita, me irrita pra caralho, porque além de ser pouco beneficiado com o dom da testosterona inerente a qualquer homem – menos a mim, é claro, com cara de pirralho e corpo de criança –, sou muito menos levado a sério por escrever aqui essas coisas e ser visto como “leviano”, “ingênuo”, “infantil”, “diz que ama, mas nem sabe o que é isso”. Pois tanto faz, que se foda o mundo e suas percepções distorcidas, seus pré-julgamentos infundados e suas más interpretações certeiras apenas em equívocos. Eu ligo, mas sempre caguei – caso contrário já teria largado estas palavras, este blog e este quem sou. No fim, devo ser infantil por justamente não ser panaca, preconceituoso, burro e analfabeto como todos vocês, que insistem ler coisas erradas e distorcer minhas palavras. É por isso que repito a intenção deste texto, tantas e tantas vezes: me divirto olhando o circo pegar fogo, me faço de bobo e dou de ombros. Nas palavras de Tywin Lannister: “Os maiores idiotas são às vezes mais espertos do que os homens que deles riem”. 

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