Esses
olhos, Amanda,
foram o primeiro detalhe que enxerguei. Eu falei sobre eles, eu disse
aquilo que provavelmente mais te entoaram nos ouvidos durante a vida inteira,
mas ainda assim, eu disse. Elogiei
esses olhos, Amanda,
e você, num automático e verdadeiro carinho, retribuiu, dizendo que
havia beleza aqui em mim, em algum lugar que até hoje estou curioso em
encontrar. Eu digo obrigado, com o mais sincero ímpeto da minha alma, porque
ser notado por
esses olhos, Amanda,
pra mim é privilégio. E ter conhecido tua voz e ter desejado o pão de
queijo de Minas, só o de Minas, ainda habita o topo da minha lista. É estranho
escrever isto: palavras aparentemente tão aleatórias a respeito
(d)esses olhos, Amanda,
e a respeito de como admirei tuas palavras e te acompanhei muito antes e
sem a menor intenção de conhecer
esses olhos, Amanda,
lá na frente, nesses estranhos e pequenos encontros que a vida nos
dispõe. Então brevemente te peço a me perdoar pelas inesperadas e tão dedicadas
palavras, é que por
esses olhos, Amanda,
eu juro, no fundo daquele menino mais fiel, louco e sonhador, eu até
plantaria uma horta e deixaria de comer carne. Por
esses olhos, Amanda,
se um dia, só por diversão, se você bem permitisse, até passagem só de
ida eu comprava para o tão simples e imenso ato de ver
esses olhos, só
esses olhos, Amanda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário