10 de março de 2011

Acorde



­ ­ ­ ­  De volta à realidade.
­ ­ ­ ­ É o momento em que pisamos no chão e olhamos em volta: está tudo como sempre foi. Nossas vidas no mesmo rumo do qual sempre estiveram - e do qual sempre permanecerão. E, antes que algumas opiniões venham se chocar contra esta, aviso: não generalizo. Englobo apenas a mim e àqueles que partilham dos mesmos sentimentos e sensações, falo diretamente a eles. Falo diretamente a nós. Portanto, não estou generalizando no quesito "vidas reais, vidas estáticas". Se você lê e concorda, faz parte. Se você lê e discorda, então o texto não é - aliás, nunca foi - para você. Então, repito: não generalizo.
­ ­ ­ ­ Mas nossas vidas não mudam. Ainda estão aqui, paradas e sem perspectivas, numa monotonia típica de almas entristecidas. É, não estamos andando. Eis os jovens viventes, nós, no auge de nossas vidas e sem a mínima vontade de seguir em frente, porque tudo o que vivemos é uma ilusão. No fim, sim... No fim, é tudo isso, e se resume apenas a essa porra de ilusão. Um lance que estamos vivendo e fantasiando, que faz parte de nossas vidas reais, tal como uma realidade concreta de fato, que nos acompanha e está visível a todas as pessoas que nos cercam. No entanto, essa realidade só permanece "concreta" em dados momentos, momentos íntimos, momentos escondidos, e também em nossos corações iludidos. No fim, achamos que isso tudo é real e que é nossa vida, e então caimos na realidade e percebemos: há uma coisa real - um verdadeiro real - aqui fora, e nós não sabemos vivê-lo, tampouco fomos preparados para viver.
­ ­ ­ ­ E então... Nos fodemos, ficamos sozinhos e choramos sozinhos. Porque essa merda toda não passa de pura ilusão e infantilidade. E só.

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