5 de março de 2013

4 de Janeiro de 2012




Fui um poço de idiotice fazendo escolhas erradas e ilusórias ao longo desses últimos anos. Minhas razões para isso foram nobres, incrivelmente nobres, mas como um homem velho, caíram por terra. Morreram. Hoje nem mais fazem sentido, porque não depende mais de mim. Pelas minhas vontades tudo continuaria e teria um preço magnífico, teria gratificações e recompensas das quais eu desfrutaria para o resto da minha jovem vida. Não me arrependo em nenhum momento de tê-las feito, porque não foram erros, foram escolhas necessárias para ser quem eu sou hoje. O que me revolta, a única coisa que me deixa triste, é saber que cometi alguns erros dentre essas escolhas, não as administrei bem, não expressei melhor. Eu juro que tentei, cada pedaço de frase e cada linha de textos que escrevi até hoje não valeram de absolutamente nada. Eu deveria ter sido mais claro, objetivo, menos subjetivo ou poético. Estraguei meus últimos dois anos num sonho que não me valeu de nada, desperdicei anos de colégio por um objetivo que, agora, neste final, me fez voltar à realidade para fazer aquilo que me agrada, ao invés de sacrificar um pouquinho para enfim alcançar aquilo que me faria plenamente feliz num futuro idealizado. Fui um poço de idiotice, de erros propagados e imbecilidades ditas. Mas não me arrependo, porque o erro partiu de mim e não da causa pela qual eu iniciei a pequena luta. Intitulo aquilo o meu texto com a memória de uma data, pois antes dela (exatamente mais de dois anos antes dela) eu dei início à minha corrida. Eu corri, eu cheguei, eu venci, mas não adiantou muito. O sonho de ingressar na Universidade Federal do Pará eu tive em nome de algo maior, que hoje se perdeu, que hoje palpita para outras bandas e respira novos ares. Mas juro que esta é a última vez que eu reclamo por isso; a última vez que toco no assunto. Eu parei tanto tempo nisso que esqueci de mim – não que eu vá me valorizar, porque nunca o fiz e não será hoje que o farei, não sou desses, acho a atitude ridícula e nunca precisei dessas bobagens de “auto estima” para conseguir vencer, não funciono com livros de auto ajuda e estou extremamente satisfeito. Só não me resta muito, nem lágrimas, nem auto piedade, nem perseverança. Trata-se apenas de “seguir por seguir”, afinal é o que todo mundo faz. E, felizmente, não ando sendo o primeiro, muito menos serei o último.

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