Corrupção mental: este deveria ser o
título do conjunto de palavras que aqui escrevo, porque, sinceramente, não vejo
outra explicação. É como Dean Winchester disse em Heaven and Hell: “Tem um anjo
e um demônio no banco de trás. Parece piada de mau gosto, ou carta de leitor da
Penthouse!”, quer dizer, como não
pensar pornograficamente na ocasião? Quero dizer, a vida é um intenso pornô
barato, sem chances para tirar o material de serviço e despejar o grão
reprodutivo fora – o que não significa que não aconteça. Vejam, eu devo estar
mentalmente corrompido por toda essa maldade, porque se eu vejo um casal
ficando ou iniciando um namoro, se eu vejo meus pais juntos, meus tios, meus avós
ou meus amigos com suas namoradas (ou amigas com seus namorados), minha mente
automaticamente é transportada para uma ocasião barata onde qualquer desculpa
justifica um ato sexual inevitável. E vejo todos vocês gemendo, segurando
agressivos os cabelos de suas parceiras e chamando “safada, cachorra, vadia, minha putinha”. E, ah, as meninas mais
delicadinhas que conheço com vozes de criancinhas inocentes (não fazem por mal,
é natural, que fique claro), não me escapam da mente fugindo de um anal sofrido
em prol da satisfação do namorado que só quer comê-las. Galera, é a vida, e ela
é voltada totalmente – desculpem-me a generalização – ao sexo e à foda gostosa
do churrasco de domingo na casa dos colegas. Não entendo relacionamentos patéticos
que surgem aos montes, onde as meninas insistem acreditar que o namorado bem
sucedido e popular está naquele laço porque as ama profunda e dedicadamente. Mentira, mentira. Eles só querem suas
bocetinhas, gozar dentro e foda-se as consequências – se ficarem prenhas, então
o filho é de outro ou apenas um aborto resolve. Pílula do dia seguinte; copular
fora do período fértil ou quaisquer outros métodos, mas, acima de tudo, gozar
dentro da bocetinha a qualquer custo. Eis a vida aqui: pra mim não passa de um
grande pornô, onde mulheres da sua família estão fodendo com homens casados e
os caras da sua família estão fodendo a vizinha ou a mulher do tio Fulano da
Silva Pereira, 60 anos. Não me escapam. Talvez eu esteja corrompido, é, volto a
repetir. Em função de desilusões e conclusões que me fazem cair na real a cada
dia. O preço de uma virgindade hoje é o passeio de carro ou um ingresso na
festa maneira; o preço de uma vagina é apenas uma carteira cheia e as chaves de
um carro dado pelo papai. O preço de uma vida é o sexo: pedir ao técnico de
computador para consertar um vírus e acabar abrindo as pernas; levar o carro à
oficina e foder com o mecânico; comer a empregada, a sogra ou a melhor amiga da
namorada (caralho, sou gamadão nisso); ser
contratado por uma coroa de 60 anos e comê-la; ruivas; cowgirls; asiáticas;
cabeludas; negras e por aí vai. Sinceramente, perdi o pudor dos pensamentos, já
cantou Mag em uma de suas letras: “vou fazer o quê se o mundo é sacanagem?” É,
pois é, estamos juntos, brown. O
mundo pra mim não passa disso: a vida é um pornô. Oh my fucking Gosh!
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