31 de março de 2012

Swan Song


Em 21 de Abril de 1967, 100 mil veículos da GM, saíram de linha das instalações de Janesville. Um Caprice, duas portas, azul. Foi uma grande cerimônia, discursos, até o governador apareceu. Três dias depois, outro carro da mesma linha saiu. Ninguém deu a mínima para ele, mas deveriam. Porque esse Chevrolet Impala de 1967 viria a se tornar o mais importante carro. Não... O mais importante objeto em praticamente todo o universo.
Ela foi comprada primeiro por Sal Moriarty, um alcoólatra com 2 ex-mulheres e 3 artérias bloqueadas. Nos fins de semana ele dirigia por aí, dando bíblia aos pobres. "Fazendo o certo para o dia do julgamento", era o que ele dizia. Sam e Dean não sabem disso, mas se soubessem, iriam sorrir. Depois que Sal morreu, ela acabou no Rainbow Motors, um lote de carros usados, em Lawrence, onde um jovem da marinha a comprou por impulso - isso é, depois do conselho de um amigo.
Acho que é aqui que essa história começa. E aqui que ela acaba.
O Impala, claro, tem tudo o que os outros carros têm. E algumas que eles não têm. Mas nada disso é importante. Isto que é importante: o homenzinho do exército que Sam enfiou no cinzeiro, ele ainda está lá. Os legos que Dean jogou no ar, até hoje, quando esquenta, dá para ouvi-los bater. Essas são as coisas que tornam o carro deles - realmente deles. Até quando Dean o reconstruiu do zero, ele cuidou para que tudo ficasse como estava. Pois são essas coisas que a fazem linda. O Diabo não sabe ou não liga para o tipo de carro que os rapazes dirigem.
Entre o trabalho, Sam e Dean às vezes conseguiam um dia. Às vezes uma semana, se tivessem sorte. Eles passavam o dia enchendo o bolso, Sam costumava investir em trabalho honesto. Mas agora ele joga bilhar, como seu irmão. Eles poderiam ir a qualquer lugar e fazer qualquer coisa. Eles dirigiam 1.500 quilômetros por um show do Ozzy. Dois dias para um jogo dos Jawhawks. E quando estava claro eles paravam no meio do nada, sentavam no capô e olhavam as estrelas. Por horas, mas sem dizer uma palavra. Nunca passou por suas cabeças... Claro, talvez eles nunca tivessem um quarto ou quatro paredes... Mas eles nunca foram, de fato, sem teto.
Os finais são difíceis. Um macaco no teclado poderia criar um bom início. Pode estragar o começo, mas finais são impossíveis. Você tenta arrumar cada detalhe, você tenta amarrar todas as pontas soltas, mas você nunca consegue. Os fãs sempre vão reclamar. Sempre haverá falhas. E sendo esse o final, é sempre indicado adicionar alguma coisa. Estou te falando, eles são uma árdua dor de cabeça.
Essa é a última vez que Dean e Bobby vão se ver por um bom tempo. E, para lembrá-los, a essa hora, semana que vem, Bobby estará caçando um Rugaru fora de Dayton - não Dean. Dean não quis que Cas o salvasse. Cada parte dele, cada fibra que ele tem quer morrer ou achar um jeito de trazer Sam de volta. Mas ele não fará nem um, nem outro. Porque ele prometeu.
Então, o que vai ser adicionado? É difícil dizer. Mas eu, eu diria, isso foi um teste... Para Sam e Dean. E eu acho que eles fizeram tudo certo. Acima do bem, do mal; anjos, demônios; destino e o próprio Deus. Eles fizeram a escolha própria. Eles escolheram a família. E, bem... Isso não foi meio que tudo?
Sem dúvidas, finais são difíceis, mas então, de novo... Nada acaba realmente, acaba?

(Chuck Shurley in Supernatural 5x22 - Swan Song)

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