Escrevi um milhão de palavras bem
direcionadas ao Facebook. Para uma pessoa, para duas, para uma dezena delas ou
todas – isso não importa. Escrevi tão bem escrito, sem chamar um palavrão
sequer, sem generalizar, e sim analisando todas suas atitudes, todos os
pequenos erros e imbecilidades. Aí, no meio daquelas palavras, eu juro por Deus
que me enquadrei também, porque não sou perfeito e, acreditem, quando critico,
também faço questão de me autocriticar - faz bem para cair na real. De um jeito
ou de outro, eu escrevi. Desabafando, choramingando e, principalmente,
ironizando. Mas sem o uso de palavras de baixo calão, não humilhei ninguém,
tampouco menosprezei. Escrevi mais sobre o mundo e eu em relação a vocês do que
o contrário. Juro, foi um texto e tanto, diretamente direcionando à rede social
e a todos àqueles que tenho adicionados, àqueles que não tenho e àquelas que
sequer tem um facebook. Foi tão legal. Mas aí eu li tudo e dei um longo
suspiro. Percebi, no fundo, que não é culpa de ninguém eu ter crescido um fracasso
embutido. Não é culpa de vocês os meus erros; deslizes; sarcasmos; ou textos
bem escritos falando sobre sentimentos passageiros, que sequer se prolongaram
como meu estilo de vida ou pensamento. Aliás, eu fiz muito disso, e muito me
fodi. Já não importa agora. O texto do facebook ficou digno, mas desnecessário.
Não é culpa de ninguém eu ser quem e o quê sou.
Aí comecei a rir da minha eterna
babaquice. Dei uma risada e exclui tudo. Voltei a digitar.
Escrevi “foda-se”.
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