3 de fevereiro de 2013

Status de facebook




Escrevi um milhão de palavras bem direcionadas ao Facebook. Para uma pessoa, para duas, para uma dezena delas ou todas – isso não importa. Escrevi tão bem escrito, sem chamar um palavrão sequer, sem generalizar, e sim analisando todas suas atitudes, todos os pequenos erros e imbecilidades. Aí, no meio daquelas palavras, eu juro por Deus que me enquadrei também, porque não sou perfeito e, acreditem, quando critico, também faço questão de me autocriticar - faz bem para cair na real. De um jeito ou de outro, eu escrevi. Desabafando, choramingando e, principalmente, ironizando. Mas sem o uso de palavras de baixo calão, não humilhei ninguém, tampouco menosprezei. Escrevi mais sobre o mundo e eu em relação a vocês do que o contrário. Juro, foi um texto e tanto, diretamente direcionando à rede social e a todos àqueles que tenho adicionados, àqueles que não tenho e àquelas que sequer tem um facebook. Foi tão legal. Mas aí eu li tudo e dei um longo suspiro. Percebi, no fundo, que não é culpa de ninguém eu ter crescido um fracasso embutido. Não é culpa de vocês os meus erros; deslizes; sarcasmos; ou textos bem escritos falando sobre sentimentos passageiros, que sequer se prolongaram como meu estilo de vida ou pensamento. Aliás, eu fiz muito disso, e muito me fodi. Já não importa agora. O texto do facebook ficou digno, mas desnecessário. Não é culpa de ninguém eu ser quem e o quê sou.
Aí comecei a rir da minha eterna babaquice. Dei uma risada e exclui tudo. Voltei a digitar.
Escrevi “foda-se”.  

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