9 de janeiro de 2013

Nunca um "nós"




Nunca um nós, sempre um ela. Uma tendência vívida, o álcool dessa veia, como em viciados afogados pelas esperanças. Nunca há um “nós”, sempre um “ela, ela” sempre ela. É o que dá a graça à vida, essa ingênua e latente submissão que massacra, afoga uma espécie de autopreservação que nunca foi para ser. Não é culpa de ninguém, não foi uma atitude mal intencionada, não foi dela. É perfeito do jeito que há, sob todas as distorções que faz dessa perfeição ligeiramente imperfeita. Um caos na paz, uma pacificidade no turbilhão. Porque o tempero visto por muitos sem sal, é justamente o segredo para a comida tão saborosa. Para uma vida tão leviana. É o que faz valer a pena, em tudo: sempre o ela, nunca o “nós”, porque é ela a parte boa da história. É ela a parte boa de tudo.  

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