4 de novembro de 2012

Porque?



Certo dia, me perguntei por que escrevia. Não consigo lembrar exatamente quantas respostas diferentes eu alcancei. Quando não falavam de sentimentos que eu tenho total certeza que não tinha dentro de mim, elas lembravam de autores que me influenciavam. Drummond, Pessoa, Neruda. Na maioria eram poesias, genéricas, que qualquer garota se sentiria lisonjeada em receber. Não pelo conteúdo, que diziam ser “perfeito”, mas só pelo fato de receberem. Acho que escrevia para tentar enganar mais alguém além de mim. Hoje eu posso afirmar que escrevo por um motivo de verdade, por mais que o motivo não entenda isso do mesmo modo que eu. Eu sei que ainda tenho muito que lapidar desse dom - ou maldição. Muito mesmo. Crônicas servem pra que me expresse, criticamente, sobre mim mesmo e sobre o que realmente sinto e vivo. Poesia tem hoje também essa função, mas só pras coisas boas. Enquanto eu permaneço nessa infindável briga literária, vou botando no papel a poesia e no computador a crônica, dividindo humildemente minhas inseguranças com quem lê o NIT. Não buscando fãs ou leitores assíduos, mas alguém que se identifique sinceramente com o que escrevo, e veja materializado em algumas dezenas de palavras, aquilo que sempre quis falar, mas que, independente do motivo, ainda não foi capaz de verbalizar. Ainda.

T.S. Banha

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