22 de maio de 2011

E agora que venha SE- ven -TEMBRO



Olá crianças. Pois é, não é novidade alguma, mas estou triste. Digo, não imensa e mortalmente triste; não como as dores de um amor despedaçado ou a dor de um copo de Coca-Coca derramado. Mas, uma tristeza saudável que vai produzir em mim uma saudade que logo, logo, será sanada. Bem, serão apenas 4 meses de espera, e eu realmente espero estar vivo e saudável respirando até lá, ou que o mundo não termine prematuramente antes disso.
Na última sexta-feira (20) foi ao ar os episódios duplos finalizando a 6ª temporada de Supernatural. E o que devo dizer quanto a isso? Acreditem, a vontade que estou de sair soltando spoilers é imensa, preciso de um psicólogo ou um confidente para despejar tudo o que quero dizer, mas por ora, não é momento mais adequado.
Supernatural acabou, e agora nós fãs – fiéis, e não a porra dos posers que só sabem abrir a boca e se empogarem com Deus/Diabo/Anjos/Demônios, além do medinho fútil que esbanjam por fantasminhas e monstrinhos em geral – teremos estes longos meses de espera. Todos estamos também com esta grandiosa vontade de acabar com o rabinho de Castiel, mas, infelizmente, é meio impossível acabar com Deus de uma hora para a outra assim, certo? Meio que inconveniente. E... ops, acho que acabei de soltar um spoiler. Whatever.


Para iniciar esse post, adianto que eu queimei minha língua legal, mas por sorte, minhas razões não eram tão irrelevantes.
A 6ª temporada iniciou diferente: Eric Kripke pulou para fora do barco, e passou o comando desta incrível navegação a Sera Gamble. Até aí tudo bem, o problema visível era o fato da 5ª temporada ter acabado triunfante, e sem pespectivas plausíveis de continuação, porque sinceramente, se a série terminasse ali, então seria uma super produção finalizada de forma épica e entraria para a história. A coisa foi tão impactante e linda, que das 5 vezes que assisti o último episódio (5x22, “Swan Song”) adimito que realmente chorei no mínimo três vezes. E o porquê disto? Vocês não fazem ideia do que é acompanhar 5 temporadas, em tempo real, roendo as unhas e se remoendo na espera de cada episódio. Semanas de espera, meses, e os malditos hiatus. Além do fato de Supernatural ter sido a série que alavancou meu espírito escritor – sim, graças a Supernatural, este blog existe e este escritor amador e fajuto que vos fala também.
Certo. Como um amigo disse certa vez: “até porque é difícil imaginar uma história depois do apocalipse, afinal, apocalipse é o fim, e não existe nada depois do fim”. Pois é. Os Winchesters então, na belíssima 5ª temporada impediram o apocalipse, aprisionaram Lúcifer – que estava dentro do corpo de Sam – e Miguel juntos na maldita cela. E então, o derrotado irmão mais velho, graças à promessa feito ao mais novo, vai viver uma vida normalzinha ao lado da mina que sempre gostou e bancando uma de pai ao filho dela. E então... BANG, Sam Winchester aparece, os observando durante uma noite escura e normal. Termina a 5ª temporada. E o que nós, fãs de verdade, pensamos quanto a isso? Resposta: CARALHO, COMO O SAM SAIU DE LÁ? O QUE VAI SER DE SUPERNATURAL AGORA? NÃO CONSEGUIMOS ENXERGAR QUALQUER MEIO DE CONTINUAÇÃO PARA A HISTÓRIA! FODEU! VAI CAGAR TUDO.


Foi isso o que pensei, e com Erick Kripke “fora” do seu próprio projeto, concluí que tudo estaria realmente acabado. É como imaginar Clark Kent entregando a capa, os poderes, e toda a sua vida a Peter Parker. Entenderam o dilema? Pois é.
Voltemos à 6ª temporada então. “Exile on the main street” começou com suas mudanças já visíveis. E são detalhes que realmente percebemos de cara. Não vou numerá-los aqui, mas o fato do primeiro episódio não ter me transmitido confiança foi o mais relevante de todos. Em suma, os episódios que se seguiram também me transmitiam a mesma desesperança. Coisas como a falta de uma trilha sonora no início dos episódios; acontecimentos transcorrendo rápido demais; personagens que outrora apareciam com pouca frequência agora dando pontas até demais... Tudo isso retirou a essência que vinha sendo constrúida desde 2005, da qual nós fãs já estávamos acostumados e fascinados.


Inúmeros personagens apareceram mais vezes nesta temporada do que vinha aparecendo nas últimas 5. Rufus Turner, lembram dele? Meu Deus! Algo visível em Supernatural sempre foi a aparição destes personagens em uma temporada, e nunca mais aparecem ou darem o ar de sua graça duas, três ou mais temporadas depois. Não bastando isso, Rufus ainda morreu e um detalhe foi mencionando em sua história com relação ao Bobby: “disque foi ele quem entrou na casa do Bobby e o salvou da própria mulher, quando foi possuída”, digo: isto nunca foi mencionado antes, e de repente jogam este detalhe assim? Foi perceptível demais que forçaram as coisas para construir uma amizade entre eles dois – que nas últimas temporadas mais parecia algo como “somos apenas conhecidos. E só”.
O lance mais importante aqui, neste temporada, foi o simples e maldito fato de o rumo da história não ser definido como nas temporadas anteriores. Supernatural se tornou um pé no saco por isso, eu pensava estar assistindo Lost e essas outras séries que te enchem o saco de tantos mistérios. A série transcorreu assim, abordando um processo contrário: antigamente, o objetivo da história da temporada era relevado nos 3 primeiros episódios, e depois a história era moldada em cima disso. Na 6ª, foi diferente: eles nos jogaram a construção da história, e apenas no final nos revelaram a razão de tudo – mais especificamente em 6x20, “The Man Who Would Be King”.


Por sorte, exatamente neste episódio – não que nos outros não tenha ocorrido, mas neste foi o ápice da ascensão de Supernatural, na minha opinião – as coisas voltaram a esquentar, e eu pudi me animar um pouco mais. Além daqui, se eu comentar, será tudo spoiler e eu não tenho saco para reviews tão grandiosos e louváveis como os da Polly, do http://www.supernaturalislife.com/.
Terminando por ora, devo dizer que gostei do último episódio – claro, nosso saudoso Erick Kripe quem escreveu -, alavancou um rumo muito bom para a 7ª temporada, além do ódio que estou de Castiel, aquele maldito filho da puta. Como fã, é claro que desejo a continuação – infinita – da série, mas ainda assim não abandono a ideia de que seria bem mais admirável ela ter encerrado na 5ª temporada.


Agora é esperar Setembro, e como diria Billy Joe Amstrong: WAKE ME UP WHEN SEPTEMBER ENDS, mas nesse caso, quando Setembro começar mesmo. Até lá, fãs de Supernatural, e vivamos nossas vidas de forma boa e saudável até o mesmo 09.
Passem bem!    

Nenhum comentário:

Postar um comentário