16 de junho de 2012

O Lobo e a Flor



Quem poderá dizer por quanto tempo ele esteve correndo? Por quanto tempo esteve procurando? E ela? Por quantos anos esperou um uivo, forte e distante? Ecoou pela neve, pelos vales frios de Inverno e pela cidade decadente. Nunca se viram, nunca se tocaram, mas esperaram. Ela dormindo de olhos abertos; ele correndo, sem matilha, solitário e sonhador. À procura do paraíso. Te faz pensar no amor, nas ilusões, nas verdades e nos contos de fadas; nas comédias românticas e nos ideais machistas. Te faz abandonar referências, te filtrando apenas no aqui e agora, pois cada um vive a própria vida. Nenhuma verdade é absoluta, nem sobre homens nem sobre mulheres, tampouco sobre razão e emoção, fogo e gelo, vida e morte. Porque esses dois brotarão um dia, sob a lua da qual seu leve focinho será afagado pelas mãos dela. Os dois se amarão ou, simplesmente, dormirão sob a Lua Cheia mais brilhante. Juntos, comprimidos num sentimento de destino. Nunca se viram - nunca se tocaram até aquele dia. Mas esperaram. Por 30 dias, por 30 histórias. Te faz parar, pensar e refletir. Lado a lado, juntos. O Lobo e a Flor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário