27 de junho de 2012

Pragmático



Acho que não vou deixar uma carta. Talvez um bilhete, uma coisa simples do que quero que façam por mim. A senha do meu computador e das redes sociais, pra dizerem “sentiremos saudades”. Não tenho muito o que falar, porque até no fim, quando minha carne estiver se transformando em adubo, as pessoas irão me julgar. Ninguém nunca entende. Talvez eu até deixe um recadinho dizendo “vão tomar no cu”. É. Bem pensando, escolha eficiente. Só tenho medo do que vai rolar depois. Será que tem continuação? Karma ruim? Talvez eu esteja pagando pelos erros da vida anterior e, consequentemente, irei pagar na próxima vida pelas erros que estou cometendo nessa. Ciclo vicioso. É minha sina sofrer e ser assim, eternamente melancólico. Eu só queria paz de espírito. Quero mais isso do que dinheiro, um amor de conto de fadas ou ser um escritor conhecido. É. Paz de espírito. Está aí uma coisa que nunca terei. Nem quando eu puxar o gatilho, amarrar o nó ou engolir as pílulas na levada do Johnnie Walker. Lamentável, tsc. Não tem saída. Nunca terei.

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