1 de junho de 2012

Entrelinhas




Abra a porta, entre.
Vou te contar o que há por trás desta mente; vou te dizer, através de palavras, o que uma galáxia de linhas pode esconder. Um livro não é somente um acúmulo de páginas contendo certo número de palavras. Um livro é um acúmulo de palavras, contendo uma infinidade de significados. Um país a ser descoberto, uma ilha, um universo. Dentro de cada qual, cada pessoa. Um texto de uma linha, um texto de duas. Uma frase com mil parágrafos, um postulado de um olhar. Esconde percepções, esconde viagens cinematográficas, psicodélicas, alucinantes, excitantes, sensuais e inocentes. Um livro, uma pessoa, um leitor. Um vírgula dizendo “olá”, uma interpretação dizendo, erroneamente, “adeus”. Um assobio profundo, cavando tratados, contratos de retornos, lágrimas de voltas. Amor. Ódio. Paz. Tormenta. Dúvida. Agonia. Insensatez. Loucura. Chamado. Sonho. Esperança. Tudo enterrado em textos. Para o entendimento particular de cada um, levado por infinitas, divergentes ou convergentes experiências. Um hábito. Um prazer. Sexo e orgasmo, na essência do significado mais primordial: deleite. Um livro. Uma aptidão. Um destino e um propósito.
Ler. Interpretar e sentir. Escrever - nem mais, nem menos.  

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