7 de agosto de 2012

Monólogo



Estes textos não fazem mais sentido. Eu deveria ganhar um punhado de dinheiro pelo que faço. Já se foi o tempo de diversão ou divulgação, não sinto mais nada. Cedo ou tarde iria morrer, certo? E meio que o sentimento de morte tá chegando – pouco a pouco, mas tá chegando. Se eu vendesse esses textos para alguém interessado, lucraria bastante. Ou escrevesse só pra catar menininhas carentes? Também não tem graça... Sei lá, eu deveria ter feito antes, mas nunca fui esperto o suficiente pra pensar assim, e agora que estou ciente do que posso fazer, não tenho vontade nem a porra do ânimo. Acho que no fundo não quero ser como uma bicha consagrada ao estilo Caio Fernando Abreu; não quero esse status “cool”, com uma cambada de gentinha carente copiando meus textos pra dizer que tá triste ou deixou um amor para trás. Tá certo que eu nunca chegaria a um nível de estrelato tão grande assim, mas nunca se sabe. Então, melhor eu... Sei lá, tá perdendo a graça, foda-se o resto. Não preciso de inspiração para mais textos, ando precisando de dinheiro e distrações. Ando com um espírito e sentimento tão banais. Pessoas perto de mim andam mudando e trilhando seus próprios caminhos. Preciso me espertar. Vou vender textos e contos, procurar as portas das academias, oferecer aos marmanjos essas palavras bem montadas para que eles consigam conquistar as garotas com algo além dos músculos. E ai vão me agradecer quando estiverem enfiando seus paus nas bocetas delas ou fazendo um anal gostoso. Sei lá. Usem aí essas porras de palavras, que eu me divirto aqui com a grana da retribuição. Aff. Tem nada pra fazer. Nem escrever tem me deixado satisfeito. Amanhã isso passa. Com a graça de Deus, amanhã isso tem de passar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário