12 de agosto de 2012

Ombros



Ombros que desejei. Chamativos, nus, em uma hora de aprendizado, fixos e longe, imaginando o futuro. Eram ombros delicados, sustentando costas que venho desejando há muito, muito tempo. Já quase me perdi na contagem dos dias e dos meses, tamanho são minhas mentiras de loucura, entre sonhos esporádicos e fortes, entre pensamentos e vacilos entre os amigos. Eu vivo dizendo teu nome, ó dona destes ombros. Os mais fortes te escutam, os mais confiáveis sabem o quanto me torno chato quando começo a falar de ti. E teus ombros? Meus lábios, se tivessem vida própria, teriam ignorado tudo para aplacá-los. Eu já não posso mais pensar, a não ser tua pele aveludada se chocando na minha boca, ou vice versa. Ombros que desejei, tão forte delicadeza; tão inabalável desejo.

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