22 de agosto de 2012

Missão



Quem sou eu para falar sobre “legado”? Dezoito anos e refletindo como se tivesse vivido tudo e já tivesse setenta. O pouco que posso dizer é que me sinto completando uma missão, uma bem particular. Sabem aquele papo de “destino de um se interligando com o de outras milhões de pessoas”? Pois é. Acredito que – se me permitirem falar sobre – um legado de verdade é isso. Não é mudar o mundo, tampouco os conceitos e aplicações sobre a morte, e sim sobre ter deixado um valor ou uma mensagem na vida daqueles com quem cruzamos. Uma única frase, um longo relacionamento ou seja lá o que for. É disso que legados tratam. E hoje, depois de infinitos textos – e tentativas – nesse blog, sinto que fiz algo importante, abri inspirações e injetei vontades. Fiz coragens, motivei o sonho de determinadas pessoas, embora poucas, mas importantes pra mim e que jamais sairão da minha memória. É meio que um mestre deixando que seu aprendiz comece a voar sozinho e cumpra seu próprio destino, para deixar seu legado com as diversas pessoas com quem irá se interligar. É um ciclo belo e interminável. E sinto que fiz o que devia, ao menos fiz o que hoje me deixa mais tranquilo do que quando comecei aqui. Com a minha paixão pela escrita, fiz e abri caminhos para as obras de terceiros, que serão magníficas – eu enxergo isso, e fico feliz. Eu aprendi com as minhas oscilações sentimentais, aprendi muito e fiquei mais calmo e ao mesmo tempo mais eufórico, dentro de mim. O que vale, é que manobrei e controlei a arte de domar os dois lados da minha moeda, sabendo quando usá-los. E sobre o que falo aqui, apenas eu tenho o conhecimento, vocês não entenderão ao certo (“um poeta nunca explica suas poesias”). É isso. Sinto que fiz minha parte, para que outros façam a sua própria e sigam em paz – procurando, persistindo na procura, procurando, persistindo e procurando. A vontade que tenho é de excluir este blog, porque o que eu deveria aprender, já aprendi. Não faço por tristeza, nem por revolta. Faço mais por um tipo de conclusão. Penso que já absorvi a lição, e que talvez seja a hora de “partir” desse universo da blogosfera-literário. Mas parar de escrever, isso nunca irei de fazer. E aí fico pensando: até final desse ano concluo essa vontade, finalizo só mais um projeto e... concluo. Aí eu vou voltar, mas talvez com outro nome e outras intenções, em outro tempo, em um outro Felipe.
É, é isso. E assim, era uma vez uma noite... Era uma vez, a minha noite na taverna.

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