23 de abril de 2012

Lágrimas de Deus


”Lágrimas de Deus”, é como vou te chamar através dessas palavras. “Lágrimas” para refletir certa tristeza, “Deus” para equivaler sua extrema perfeição. Há aqueles que te menosprezam e que te querem longe, há muitos que te odeiam. Há outros que, ao contrário dos primeiros, nutrem intensa afeição por você. É nesses que me enquadro. Não sou tão religioso, mas esquecendo todos as incoerências de Deus, parto do ponto de vista mais magnífico dessa criatura. A perfeição. Pessoas que te amam; pessoas que fluem no seu curso e no seu ritmo, seja este estrondoso ou fraquinho; pessoas que descansam em seus lares, sob a tarde fria ou a noite agradável; pessoas que degustam xícaras de café ou algo mais relaxante; pessoas que te servem.
“Lágrimas de Deus”, caindo sobre nossos ombros deliciosa e furtivamente, deixando claro seu poder e grandiosidade. É claro que poucos vão te dar valor; serão raros os homens e mulheres que dedicarão um texto ou um poema a você. Mas, não importa, já que não é preciso vir a público para expor toda essa “paixão”. É algo tão trivial e recorrente, ninguém nem mais percebe – mas está lá, em nossos corações, escorregando como gotas de orvalho. Lágrimas de Deus. Tão bela e revigorante. Os escritores amam: você os trás paz e tranquilidade, navegando-os para muito além dos horizontes de Arcádia. Você leva à Nirvana, ao mais puro e inocente dos paraísos espirituais. Tão triste... Tão tranqüilizante, revigora e vicia. Cheiro inebriante, sensação suprema.
Lágrimas de Deus para mim; “Chuva” para outros.   

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