5 de abril de 2012

Sem Tocar, Nem Citar.


De volta ao assunto. Você sabe como é. De volta ao clichê. Você sabe como é? E aí, você arrisca arriscar? Pular do precipício do seu ser, mergulhar num rio de dúvidas, respirar o oxigênio das certezas. De volta àquela auto estrada, serpenteado caminhos, furando cidades, atravessando estados. Pulsando no peito. Correndo pelas veias, ardendo os olhos à noite. Te abrindo um sorriso abobado. Sensação de complexidade, estar leve consigo mesmo. Feliz o tempo inteiro, gargalhando o tempo todo. Ouvir a mesma música zilhões de vezes, escrever textos – ou talvez não, porque não há necessidade, já que tudo está nos eixos. De volta àquele assunto de sempre, mas sem citar nomes ou fazer apologias. Deixe que os outros descubram, pouco importa. Mas deixe que o ser mais importante em questão tenha certeza. Se entregue, não tenha medo nem vergonha. Sem receios de dizer, sem receios de assumir a imagem de idiota. Sem receios de dar com a cabeça contra a parede, sangrar e chorar. Sem receios de sofrer. Sem receios de nada, nem de ninguém. Abdicar de Deus e o mundo, abdicar de você mesmo, sem alcançar o extremo da loucura. Fazer não por obrigação, mas por zelo e por dedicação. Sem citar, nem mencionar tais palavras. Entregar-se de mão beijada. Entregar-se num embrulho de presente singelo, mas significativo por dentro. Sem tocar, nem citar. Sem dizer. Amor.

Um comentário:

  1. Você está escrevendo cada vez melhor *-*
    Acho que esse surto de criatividade tá te fazendo bem :D

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